quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

No Game: Capítulo 1

Burra. Idiota, chame do que quiser, mais ela não suportava mais ficar ouvindo tanta baboseira de gente que nem a conhecia. Bando de ratos imundos. Quem são eles para me julgar assim? Não se enxergam mesmo -pensou-
Preciso ir pra casa - disse com raiva- saiu pela porta dos fundos como sempre fazia, fechou seu casaco, ajeitou o cabelo, e em passos largos logo chegou no seu apartamento.
O apartamento escuro com a luz do luar criava silhuetas macabras que desapareceram quando a luz foi acesa. 
Ela arrancou os sapatos, e os largou em cima da mesa, andou pelo corredor deslisando delicadamente  os dedos pelas paredes, entrou no quarto e desmoronou na cama, acabou dormindo.
TRIIIIIIIM, TRIIIIIIIIIIIIIIIM ♪
- AAH, barulho dos infernos! quem é o vagabundo que tá me ligando? 
-  Teresa meu amor, onde voce estava eu fiquei te ligando a noite toda.
- Ah vai se ferrar  Tonny, são 3 da manhã! O QUE VOCÊ QUER? 
-  Só liguei pra falar que eu te amo.
PLAF, foi o barulho que o celular fez ao ser arremessado contra a parede, com um bocejo ela voltou a dormir.
A claridade vinda da janela a forçou a abrir os olhos, e acordar pra vida, infelismente. Teresa colocou seu sueter, pegou seu maço de cigarro - mesmo nunca tendo fumado um, gostava de andar com eles - avançou pelo corredor, tirou os sapatos da mesa e os calçou.
Se maquiou no elevador, deu um olá antipatico para o porteiro, e foi se encontrar com Julia, sua 'melhor amiga' até agora. 
Julia estava na esquina, de longe parecia uma vadia barata, mais seu semblante era realmente acima da média.
- Fala vadia! - grunhiu Julia
- Olha quem fala, já disse que não gosto das suas girias Jul. Agora me fala o que ele te disse.
- Disse que vai te encontrar hoje no Hufigs - um bar inventado pela autora - Mas antes de tudo saiba que ele não gosta de atrasos.
-Tá pode deixar Jul, eu cuido de tudo - disse para encerrar a conversa.
- Boa sorte com o nerd.
NERDS, aquela palavra dava medo. Pessoas que ficavam trancadas em seus quartos estudando, ou jogando videogames. Mais ela tinha que admitir, Martin era realmente muito fofo para ser um nerd, por isso ela evitava pensar nisso,  pricnipalmente como uma garota do seu tipo - folgata, sem senso de humor, sem compromissos com a realidade - poderia ter se apaixonado por um cara do tipo dele.